De acordo com Jorge Lima Barreto: "(...) semiologicamente e semanticamente "Jardim do Éden # 2" expressa metaforicamente um idílico jardim, labiríntico e botânico não-natural porque é mítico, que existia no Éden, antes do surgimento da Humanidade, e também o destino de uma futurologia cibernética"
O habitante deste jardim mitológico é Jonas Runa, que veste um traje eletroluminescente projetado por J. Vasconcelos. Runa concebeu a performance eletrônica "Synchronicity", especificamente para este Jardim do Éden, com base em instrumentos invisíveis: Sensores de detecção de movimento ligados a fontes de som e luz. O efeito é de psychokinesis, metonímia ou sinestesia; um estado de sonho cibernético.
Na medida em que toda a informação sensorial é sempre traduzida em sinais elétricos, que podem ser interpretadas pelo cérebro e atingir a consciência, é precisamente o meio elétrico/eletrônico que funciona como um "eixo de coordenação" para aparentemente diferentes tipos de percepção: som - cor - luz.
"Synchronicity" é um conceito desenvolvido por Carl Jung. Ele liberta-nos da Causalidade, o princípio fundamental da tecnologia e automação. Nesta performance eletrônica, "causalidade" foi completamente abandonado a favor de conexões Acausais. Para o futuro da vida e do universo, a última palavra nunca será a computação, mas a imaginação.